sábado, 15 de outubro de 2011

Transição


São sempre pequenas coisas
São sempre detalhes
Sempre o diferente que destoa
A fim de que tenham suas liberdades.

A ruga de uma velha cara
A rusga, ferida de uma vida mal aventurada
Sempre no seu pensamento antigo
Velho e antiquado, porém comedido

E como a respirar ares novos
Troca de pele e órgãos
Sobram-lhe somente os ossos
E a esperança de dias melhores

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Algo como algo


Algo, meu algo
Sem algo, sem algoz
Coisa, muda, sem voz
Tudo, mulher, alga

Subjetivamente objetivo
Delicado e singelo
Frio e sem gelo
Objetivamente subjetivo

Algo, concreto e palpável
Algo, pensamento, imaginável
Algo, sonho, utopia
Algo, sonho, fantasia

Algo comum e incomum
Algo, muitos ou somente um
Algo, como família, alga, fidalgo
Somente, algo como algo.

Rima e Poesia


Ouvidos tampados
Reproduzem o som dos desesperados
Como as notas do violão
Simples e calmas que te tocam o coração
Sorriso, melodia
Rima e poesia
É juntar olhos e almas
O afeto que afeta
Muita coisa se perde ao piscar os olhos
Ao piscar, um minuto sem você
No sonhar, sinto o teu abraçar
No acordar, espaços ha de sobrar
Tudo fraco, fraco como a fé
Solúvel, solúvel como café
Que tomamos e jogamos fora
E seu brilho no chão, minha aurora.