sábado, 29 de setembro de 2012

Impensado


Já quis pensar…
Já “despensei”.
Dispensei o que havia pensado;
Já quis o fogo atear.
Nunca soube o porque pensei.

No interior, uma voz
No ouvido, a percepção
Do ato, a reação
A surpresa de vós
Como a criança que não come;
Como o amor sem coração.

Observei nos arredores
Batidas fortes vieram.
Até aonde vai à batida?
Será que vão à Deus?
Esperança iludida?
Ou batidas dos corações seus?

Por céus, grandioso.
Imutável, estático...
Qual a graça de ficar sentado nas nuvens?
Não que a farra da vida, louca farra...
Seja o mártir...
Mas até anjo comete pecado
E o que ele faz, é da nuvem partir.

Uma vez me perguntei...
Até aonde vai à imaginação?
Eu a imaginei a frente de um espelho
Refletindo o desejo do seu desejo
Louca viagem esta que fiz sentado.
Não me arrependo da ingenuidade que vejo...
Foi só um pensamento impensado.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Queda Livre



Por tanto tempo que andei
Aos céus fui subindo
Rezando pela divindade
Mas de tão alto eu agonizei
Ao mesmo tempo em que me via caindo
Terrível, nunca soube a intensidade.

A dura terra me abraçou
Como um doce tapa de amor
Meu corpo em transe ficou
No momento não sabia se era dor

Mas ao afundar mais ao centro
O calor queimou sonhos
Chorei juntos dos tristonhos
Que caminhavam para a morte
e não possuíam mais tempo.