segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Pequeno Semblante

Seu semblante caído
Solidão, tristeza, dúvida
Deu um grito, mas não ouvido
Copo na mesa, volte a rubrica

Tanto foi o trabalho
Que foi dormir com a mão doendo
No frio pôs um agasalho
Dormiu quente, e não tremendo

O galo canta ao raiar
Levanta e a terra vai arar
A coruja canta o luar
Mais umas rubricas para finalizar

Seu semblante alto
Vistosa da cidade
Mulher linda de verdade
Seja de tênis ou de salto

O despertador canta às sete
Levanta e vai trabalhar
As buzinas infernizam às dezessete
Estressada, come e vai deitar

Estou só, mas rodeado
Estou rodeado, mas só
Sou do campo, da vida
Sou da cidade, iludida

Vejo Sol e Lua
Semblante de paz
Vejo prédio e rua
Semblante instável demais


Possui o semblante triste da solidão
Semblante da felicidade do coração
Um semblante indecifrável
Um semblante mutável
Um semblante que fala por mim
Um semblante que mudo assim
Um semblante sorridente pelo fim.

Num Lugar

Ao passar de cada segundo
Juntamente com seu próprio andar
No momento torna-se gigante o mundo
Para cima, miro... Tenho o viajar

Na correnteza, na maré
Sem limite de espaço, sem impedimento
Vou nadando, voando ou a pé
Num lugar onde não existe medição de tempo

Vejo as coisas mais lindas
Num lugar onde o infinito impera
Surrealismo. Vamos, imagina!

Não vi o crescer do lugar.
Um lugar sem dono...
O endereço vai te enganar
Pois nunca o lugar está pronto

Ao fechar dos portões a conexão.
Seja coberto ou não
No conforto da união
No conforto do colchão

No lugar onde capivara voa
Num lugar onde planta é pessoa
Onde te imaginar é uma coisa boa
Vago por aí à toa

Num lugar de controle
A não liberdade é liberdade
O controle é medição de vontade
Cada ação é um movimento
Num lugar onde a mudança é o pensamento.