sábado, 28 de janeiro de 2012

Despedida

Olho para a janela e vejo o chão andar.
A cada milha, fecho os olhos e começo a relembrar
Dos momentos felizes que passei
E de todas as risadas que guardarei.

Triste pensar na despedida.
Dor simples, mas que comove
Terrível ver como pode ser ardida
Se o que passastes foi marcante.

Saudade de quem fica, de quem deixei.
Saudade do que vi, e do que não vi.
Deixo somente o recado: eu voltarei!
Lamentarei do que lembro e do que esqueci.

Penso que nada tem um fim, nem mesmo a saudade.
Nem mesmo a despedida, um simples ritual...
De um até breve, nada é concreto de verdade.
Deixo a possibilidade, da volta real.

Saudade, despedida, despedida e saudade.
Emociona-me a ausência,
Emociona-me o sorriso e a vivência
Saudade, despedida, somente felicidade.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Vai-vem, Sentimentos De Uma Volta

Tu retornas do nada e a mim voltas a aparecer,
Linda, radiante...
Renova-me as esperanças que estavam distantes.
E somes, e tudo começa a perecer...

Tudo cai derrepente.
O espírito se torna séssil e lânguido.
O céu antes azul se fecha em nuvens,
À precipitação de negras gotas
Faz-me chorar a ausencia de sua boca
Tão bela, tão bela, tão bela.

O astro rei insiste em não raiar,
As estrelas insistem em não brilhar,
Nossas íris insistem em não captar
E vossos cérebros insistem em não processar.

Ao vento, as folhas voam com ausência de direção.
Sem direção, me disoloco até encontrar
O amor, que só encontro no seu coração.
No via-vem, encontro sua doce mão para me amparar.

Olho no fundo dos teus olhos
Azuis, hipnotizantes, meigos e afagantes.
Ao conforto eu retorno
E tudo volta ao que era antes.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Divina Passagem Breve

Em um lugarzinho, como algodão doce
Um anjo toca harpa como se fosse
Um popstar do céu,
Orquestra de uma pessoa só.
Pobre anjinho, sua harpa foi para o beleléu
Que de tão intensa era sua vontade, que suas cordas deram um nó.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Olhos


Redondos, multicolores.
Vêem minha vida, meus amores,
Apequenam-se no medo
Apequenam-se no desespero.

Insaciáveis ao ver a traição,
Humanos ao ponto de sentir prazer,
Covardes por não me deixarem ver
Coisas que só imaginamos com o coração.

Pobres olhos, burros e insanos
Acham que o errado é o certo.
Quer sempre o que está longe, nunca perto
Depois ficam aí, fechados pelos cantos.